31.8.07

Pequeno miniconto fictício de mentirinha II (em dois episódios)

Ela estava lavando roupa no quintal, quando "o encapuzado" pulou o muro e a rendeu com a metralhadora que portava. Sussurando, ordenou que entrasse na casa para que ele pudesse se esconder. Caso fossem pegos, a mataria.
A polícia passou reto pela frente da casa, pois perdera o rastro do guerrilheiro.
Já relaxado, disse à doméstica que precisava fazer algo que há tempos não tinha oportunidade e que ela deveria ceder. Era uma necessidade. Era em nome da revolução. Iria doer, mas sem dor, não haveria liberdade...

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Julieta não sabia quem era seu pai. Nascera no dia da edição do Ato Institucional nº 5 e sua mãe sempre se estressava quando era perguntada a respeito. Hoje Julieta é advogada criminalista e sente vontade de arrancar pedaços de reboco da parede a dentadas toda vez que escuta 'Pra não dizer que não falei das flores'...
  • 0 plugados até o momento

  • Nova campanha da Parmalat



    Onze anos depois, os mamíferos estão de volta, desta vez pela agência África.
    Os protagonistas são os mesmos, mas mais velhos, usando (ou pelo menos pendurando no pescoço) as mesmas fantasias, dando a entender que eles cresceram fortes e saudáveis tomando leite Parmalat durante todos esses anos.

    Dêem uma checada lá. O site é fraquinho, mas é interessante pela explicação da campanha:

    http://www.mamiferosparmalat.com.br/
  • 0 plugados até o momento

  • Pérolas de sabedoria - capítulo I

    Hoje, eu e meus convivas conversávamos sobre o suicídio.
    Para nós ocidentais, é um assunto meio espinhoso, já que a maioria das nossas religiões prega que caso tiremos nossas próprias vidas (cada um a sua, claro!), estaremos cometendo um pecado mortal.
    Pecado mortal? Porra! Já não estamos nos matando? Isso, para mim, está mais para um pecado redundante, mas foda-se.
    O que importa é que a conversa era sobre suicídio. Eu disse conversa? Pois é, foi mais um rápido bate-papo sobre algo que precisávamos conversar, mas que, por total e completa falta de tempo, acabou virando uma miniconversa sobre suicídio. Estranho, eu sei. Mas entre profissionais do nosso segmento, isso é muito comum. Pessoas como nós sempre precisam acertar os ponteiros a respeito de coisas importantíssimas que poderão mudar o mundo, mas acabamos por conversar de maneira séria sobre frivolidades inúteis.
    Bom, depois de debatermos muito seriamente sobre quem falaria a besteria mais inútil a respeito desse assunto tão 'tabútico' (adoro neologismos!) e cabeludo, competitivo como sou, decidi encerrar com a merda suprema:

    "Senhores, não é prudente tentar o suicídio. Isso é o tipo de coisa que, se dá certo, é para o resto da vida."

  • 0 plugados até o momento

  • 29.8.07

    Caça às bruxas

    Ultimamente os ataques à Publicidade em geral têm crescido de maneira assustadora.
    Claro que tem um monte de gente que vai dizer que quer mais é que se foda, pois não passamos de um bando de maconheiros que ganha dinheiro inventando necessidades. Ok, alguns de nós são (ou pelo menos experimentaram a fumaça do vizinho num show do Mötorhead em tal ano...). Mas, vamos deixar uma coisa bem clara: NÃO INVENTAMOS NECESSIDADES!!! Elas estão lá e os seres humanos comuns não as enxergam. Nós simplesmente as fazemos mais visíveis e só.
    Enfim, voltando aos ataques, no dia 28 de agosto, última quarta-feira, saiu uma nota na Folha de São Paulo do Ruy Castro, falando sobre a culpa da Publicidade no aumento do consumo do álcool pela população brasileira.
    Era só o que faltava. Não basta ter nossa profissão maculada pela falta de escrúpulos do Duda Mendonça (que apesar dos pesares é um excelente publicitário) e pelo Marcos Valério (que nem publicitário é...), agora temos que aguentar a Santa Inquisição procurando pelo em ovo nos intervalos comerciais.
    Essa perseguição já rola há algum tempo, quando a ANVISA resolveu começar a meter o bedelho na publicidade de bebidas alcoólicas veiculadas em TV. Depois, o chato do Gilberto Dimenstein resolveu carregar o estandarte também, apoiando a iniciativa da ANVISA. Ainda bem que algumas pessoas lembravam que um órgão chamado CONAR já fazia tal regulamentação e ignoraram tais pessoas.
    E agora mais essa...
    Diz o Ruy Castro no final do seu texto: "A juventude e a TV brasileiras ficarão mais saudáveis se o governo banir do vídeo, pelo menos das 8h às 20h, a mentira de que cervejas, vinhos, "ices" e "coolers", por conterem "pouco álcool", são inofensivos. A diminuição nos índices de acidentes de trânsito e de violência sexual e doméstica dirá melhor."
    Caraças! Por que não pensamos nisso antes? Talvez seja por iniciativas como essa que não vemos mais a juventude e a TV brasileira consumindo cigarros, né!?
    Vai procurar o que fazer, Ruy Castro!
  • 0 plugados até o momento

  • 28.8.07

    Pequeno miniconto fictício de mentirinha I (só para exercitar...)

    Atendimento de Agência de Publicidade

    Me lembro como se fosse hoje, ela entrando no puxadinho que usava para espaço da minha agência. Era daquelas bem rampeiras, usando roupa barata, mas provocante. Cheirando a Rexona e Neutrox, mas bem gostosinha.
    Ela queria que eu escrevesse um texto de classificado para atrair mais clientes, já que a boite estava com poucos e péssimos freqüentadores. Topei assim que ela me disse que o pagamento seria com "prestação de serviços".
    Atualmente ela presta serviço como atendimento da minha agência, trazendo seus clientes noturnos e suas respectivas empresas.
    De vez em quando também como ela.
    Ossos do ofício.
  • 0 plugados até o momento