31.8.07

Pequeno miniconto fictício de mentirinha II (em dois episódios)

Ela estava lavando roupa no quintal, quando "o encapuzado" pulou o muro e a rendeu com a metralhadora que portava. Sussurando, ordenou que entrasse na casa para que ele pudesse se esconder. Caso fossem pegos, a mataria.
A polícia passou reto pela frente da casa, pois perdera o rastro do guerrilheiro.
Já relaxado, disse à doméstica que precisava fazer algo que há tempos não tinha oportunidade e que ela deveria ceder. Era uma necessidade. Era em nome da revolução. Iria doer, mas sem dor, não haveria liberdade...

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Julieta não sabia quem era seu pai. Nascera no dia da edição do Ato Institucional nº 5 e sua mãe sempre se estressava quando era perguntada a respeito. Hoje Julieta é advogada criminalista e sente vontade de arrancar pedaços de reboco da parede a dentadas toda vez que escuta 'Pra não dizer que não falei das flores'...