A triste vida de um boneco na PF
Um absurdo!
Depois do sumiço de mais de R$ 2 milhões da sala-forte da PF-RJ, foi descoberto um fato estarrecedor.
A reportagem da Folha de São Paulo fotografou a entrada da sede da Polícia Federal no Rio e registrou que a segurança da mesma é feita por um BONECO. Isso mesmo, um daqueles manequins de loja de departamentos.
Ricardão, 38, disse que quando foi afastado de suas funções no trânsito paulista, ficou desolado. Sua vida não tinha mais ação e começou a se sentir inútil, um peso morto para sua família. O passo seguinte foi o alcolismo e as drogas, que quase acabaram com sua vida. Depois de ter conhecido uma marionete, que também é pastor de igreja evangélica, Ricardão deixou seus vícios e prestou concurso para a Polícia Federal.
Já na academia, descobriu que não estava só: outros bonecos estavam lá também, inclusive como instrutores.
Hoje, Ricardão faz parte de um grupo de elite da PF, formado só por bonecos altamente treinados, que cuidam exclusivamente da segurança e do controle de entrada e saída nos prédios da instituição por todo o Brasil.
Ricardão diz não ter nada a ver com o caso do sumiço do dinheiro, já que não estava de serviço.
A equipe ainda tentou falar com o boneco que estava na segurança sábado e domingo (o que é contra a lei, já que os bonecos precisam de pelo menos 24 horas de descanso), mas ele não quis dar entrevista e pediu para não ser identificado.
O fato era que o outro boneco escondia uma terrível verdade. Informalmente, depois de algumas horas de negociação, ele nos contou que os bonecos trabalham em condições desumanas.
B.D.P., 29, nos disse que às vezes são esquecidos nos seus postos ou destratados por seus superiores. Ricardão, por exemplo, é constantemente chamado de folgado, mosca-morta e outros nomes perante seus colegas.
Ele e seu outro incógnito colega têm medo de serem responsabilizados pelo roubo e por outros crimes anteriores. Se forem acusados, eles poderão ficar presos em um armazém, onde aguardarão o julgamento desmembrados e com o ventilador desligado. Se considerados culpados, serão exonerados e terão que fazer trabalhos voluntários em postos de gasolina e lojas do Bom Retiro, em são Paulo.
Procurada para esclarecer as afirmações do agente especial, a comandante do Grupamento Especial de Bonecos, Delegada Bárbara Bionda, diz não saber de tais maus tratos e se comprometeu a investigar a fundo o caso.
Depois do sumiço de mais de R$ 2 milhões da sala-forte da PF-RJ, foi descoberto um fato estarrecedor.
A reportagem da Folha de São Paulo fotografou a entrada da sede da Polícia Federal no Rio e registrou que a segurança da mesma é feita por um BONECO. Isso mesmo, um daqueles manequins de loja de departamentos.
O fato é que, ao inquirirmos sua identidade, tivemos uma surpresa: o boneco é o Ricardão, o mesmo que foi funcionário da CET paulista na década de 90.
Ricardão, durante o expediente
Ricardão, 38, disse que quando foi afastado de suas funções no trânsito paulista, ficou desolado. Sua vida não tinha mais ação e começou a se sentir inútil, um peso morto para sua família. O passo seguinte foi o alcolismo e as drogas, que quase acabaram com sua vida. Depois de ter conhecido uma marionete, que também é pastor de igreja evangélica, Ricardão deixou seus vícios e prestou concurso para a Polícia Federal.
Já na academia, descobriu que não estava só: outros bonecos estavam lá também, inclusive como instrutores.
Hoje, Ricardão faz parte de um grupo de elite da PF, formado só por bonecos altamente treinados, que cuidam exclusivamente da segurança e do controle de entrada e saída nos prédios da instituição por todo o Brasil.
Ricardão diz não ter nada a ver com o caso do sumiço do dinheiro, já que não estava de serviço.
A equipe ainda tentou falar com o boneco que estava na segurança sábado e domingo (o que é contra a lei, já que os bonecos precisam de pelo menos 24 horas de descanso), mas ele não quis dar entrevista e pediu para não ser identificado.
B.D.P.: "Somos tratados como objetos"
O fato era que o outro boneco escondia uma terrível verdade. Informalmente, depois de algumas horas de negociação, ele nos contou que os bonecos trabalham em condições desumanas.
B.D.P., 29, nos disse que às vezes são esquecidos nos seus postos ou destratados por seus superiores. Ricardão, por exemplo, é constantemente chamado de folgado, mosca-morta e outros nomes perante seus colegas.
Ele e seu outro incógnito colega têm medo de serem responsabilizados pelo roubo e por outros crimes anteriores. Se forem acusados, eles poderão ficar presos em um armazém, onde aguardarão o julgamento desmembrados e com o ventilador desligado. Se considerados culpados, serão exonerados e terão que fazer trabalhos voluntários em postos de gasolina e lojas do Bom Retiro, em são Paulo.
Procurada para esclarecer as afirmações do agente especial, a comandante do Grupamento Especial de Bonecos, Delegada Bárbara Bionda, diz não saber de tais maus tratos e se comprometeu a investigar a fundo o caso.
Delegada Bárbara: "Não tenho conhecimento"
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